23 de dez. de 2009
2010 vai ser 10!!
20 de dez. de 2009
Bambu
- Baixo impacto ambiental - cadeia produtiva consome menos energia, água, insumos e transporte.
- Mais saudáveis - materiais biocompatíveis.
- Economicamente viável - maior investimento em MO.
- Qualificação da MO - incluindo educação ambiental.
- Valorização de culturas locais.
- Ampliar o diálogo entre as técnicas tradicionais e a tecnologia.
- Valor agregado ao investimento.
Mais ainda, o BAMBU é um material altamente renovável, flexibilidade e leveza, reflorestamento e sequestro de carbono, geração de renda, além de utilização múltipla:
- na arquitetura
- paisagismo
- design
- alimentação
- biomassa, etc
12 de dez. de 2009
Garrafas Reutilizadas
MAIS INSPIRAÇÃO, MAIS VONTADE DE REUTILIZAR, MAIS ARTE....
GARRAFA REUTILIZADA TRANSFORMADA EM VASO DECORATIVO E/OU PARA FLORES, TAMBÉM PODE SER USADA PARA VELAS...
MAIS UM TIPO DE MATERIAL QUE PODE SER REFORMADO E TRANSFORMADO EM ARTE SUSTENTÁVEL.....
AGUARDEM MAIS PRODUTOS, MAIS IMAGENS, MAIS ARTE E MAIS MATERIAIS PARA REUTILIZAR E RECICLAR...
8 de dez. de 2009
Reconstrução do Sistema de Meio Ambiente em SP
Sistema de Meio Ambiente do Estado de São Paulo
São Paulo, 16 de novembro de 2009
Ao Governo do Estado de São Paulo
c/c Aos meios de comunicação de mídia
À Coordenadoria de Apoio das Promotorias de Meio Ambiente do Ministério Público do Estado de São Paulo
c/c Promotorias de Meio Ambiente do Estado de São Paulo (todas)
Entidades Ambientalistas do Estado de São Paulo
Cadastro Nacional de Entidades Ambientalistas do Conama
IBAMA- Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
O Coletivo de Entidades Ambientalistas com cadastro junto ao CONSEMA, reunido em sua reunião ordinária, no dia 16 de novembro de 2009, na sede do Sindicato dos Advogados do Estado de São Paulo, deliberou por unanimidade junto com o SINTAEMA - Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente, que tem representação no CONSEMA, e com apoio de outros setores representativos da sociedade civil, pelo seguinte manifesto dirigido ao governo estadual e à sociedade paulista, intitulado “Manifesto pela Reconstrução do Sistema de Meio Ambiente do Estado de São Paulo”.
Considerando que a perspectiva de respeito à vida e à dinâmica biológica ecossistêmica não pode prescindir de um modelo de gestão que proteja sistemas vitais, com eficiência no planejamento, gestão, licenciamento, fiscalização e controle de fontes poluidoras, além do investimento em educação e conscientização da população;
1) A FALÁCIA DO “DESMATAMENTO ZERO”
Considerando exemplos inequívocos de degradação ambiental promovidos com o aval da Secretaria Estadual do Meio Ambiente, com danos à biodiversidade paulista, que demonstram ausência de planejamento ambiental, ineficácia de fiscalização e dos licenciamentos ambientais, constatados em desmatamentos que ocorreram recentemente, em áreas sob embargo e procedimentos judiciais, em função de irregularidades nas autorizações para desmatamento do Departamento Estadual de Proteção de Recursos Naturais (DEPRN), e que ilustram apenas uma pequena amostra que envolve este grave problema:
1 - Empreendimento Alphaville Granja Viana, onde mais de 27 hectares de Mata Atlântica (1 hectare = 10.000 m2), em área que abriga espécies ameaçadas de extinção foram destruídos com licenciamento eivado de vícios técnicos e jurídicos, caracterizando ineficácia de avaliação ambiental, classificação equivocada dos estágios sucessionais, insuficiências e equívocos na caracterização da vegetação e da fauna, dos recursos hídricos e da topografia (topo de morro), fatos atestados em recente laudo do Ministério Público do Estado de São Paulo.
2 - Loteamento Riviera de São Lourenço, em Bertioga, no Litoral paulista, com autorização de desmatamento de, pelo menos, 153,3 hectares (entre 2006 e 2009) em uma área de floresta de restinga, a maior autorização vigente na Mata Atlântica paulista, em área que abriga entorno de nascentes e faixa de restinga de 300 metros da preamar (APPs - Áreas de Preservação Permanente). Os estudos do Programa Biota/FAPESP também apontam o local como importante para a criação de unidades de conservação;
3 - A pista de arrancada internacional de São Paulo, no município de Itatiba, um autódromo para corridas construído em área de 16 hectares, destruindo diversas nascentes e área de Mata Atlântica, com movimentação de terra que causou erosão e assoreamento das nascentes, sendo que há ameaça iminente de poluição das águas por esgoto, lubrificantes de automóveis e combustíveis do autódromo;
4 - Condomínio Jardim Alfomares, no Alto da Boa Vista, está com a obra embargada por ação judicial, prejudicando e ameaçando uma significativa área da mata atlântica.
5 - Condomínio City Parque Morumbi, no Morumbi, está em iminência de desmatamento, já tem parecer favorável para o GRAPROHAB. A área possui 7,5 hectares de Mata Atlântica, compondo 139 espécies arbóreas diferentes, sendo que a vegetação e fauna foram subestimadas no licenciamento.
6 - Chácara Santa Helena, no Alto da Boa Vista, teve um hectare desmatado, por autorização irregular do DEPRN. A área, de Mata Atlântica, foi classificada como se existissem no local apenas árvores isoladas.
Considerando que os exemplos citados, com irregularidades comprovadas, demonstram desmatamentos irregulares, licenciados pela Secretaria de Meio Ambiente, de aproximadamente 197,3 hectares, ou aproximadamente dois milhões de metros quadrados de Mata Atlântica, equivalente a trezentos campos de futebol, representando perda substancial de patrimônio ambiental público do Estado de São Paulo, prejuízos à biodiversidade, recursos hídricos e qualidade do ar;
Considerando que foi promovida a municipalização inconseqüente do licenciamento, entregando aos municípios a possibilidade de controlar a gestão e autorizar, por exemplo, o corte de Mata Atlântica, sendo que os critérios para este repasse foram insuficientes, além da notória falta de condições das prefeituras municipais para praticar a gestão ambiental. Outro exemplo de uma descentralização inconseqüente é a atribuição do licenciamento municipal para postos de gasolina, fator extremamente preocupante porque há um despreparo generalizado do setor municipal em gerir tais empreendimentos, que são responsáveis pela maioria das áreas contaminadas listadas do Estado de São Paulo, funções para a qual a CETESB apresenta capacidade técnica e especialização, em que pese a evidente perda de pessoal na atual reforma administrativa. Há ainda fortes indicativos de perda de qualidade nos procedimentos de licenciamento ambiental atribuídos aos municípios, já que a capacidade de resistir às pressões setoriais nas municipalidades é muito menor que no sistema estatal, tendo em vista a proximidade das pressões econômicas e suas vinculações direitas com as administrações municipais. O fato é agravado pela inexistência generalizada e falta de estruturação de conselhos ambientais nos municípios, que possam assegurar isonomia nos licenciamentos e na perspectiva de fiscalização dos atos administrativos.
3) LEGISLAÇÃO CONTRA O MEIO AMBIENTE
Considerando que durante a atual gestão, foram editadas normas que se voltam contra o meio ambiente, o que representa uma necessidade urgente de rever, aos olhos das atribuições conferidas pela Constituição Federal, resoluções editadas pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente, que entram em conflito com a Política Nacional do Meio Ambiente e com os comandos da Constituição Federal. Destacamos alguns exemplos dessa situação:
1 – Resolução SMA 22/07 – estabelece a possibilidade de municipalização de licenciamento.
2 - Resolução SMA 85/08 – usa os resultados do Programa Biota-FAPESP de forma distorcida e prejudicial. O Programa evidencia a necessidade de preservar os fragmentos de vegetação florestal nativa remanescentes em todo o Estado e indica sua importância, em termos de conectividade. A resolução usa a escala de importância da região em termos de conectividade para estabelecer uma escala de compensação, a partir da permissividade de autorizar o corte de áreas importantes, trocando o bem ambiental existente pela sua recuperação futura (o que representa uma verdadeira aberração do ponto de vista ambiental).
3 - Lei Estadual 13. 577/09 – orientada pela SMA e CETESB, voltada para gerenciamento de passivos ambientais, que permite em seu bojo a adição de poluentes em solos com base em valores de prevenção, desprovidos do devido embasamento científico, representando ameaça de piora de qualidade e degradação dos solos.
4- Decreto Estadual 53.939/09 - situações indefinidas e geradoras de subjetividade, onde se divide o Estado em duas grandes bacias, para fins de compensação da reserva legal, ao invés de se valer ao menos das 22 bacias hidrográficas do Estado, já definidas, e que ensejam várias discussões atuais nos Comitês de Bacia, para fins de orientar esta compensação.
Considerando outras normas com problemas graves que se voltam contra o meio ambiente e carecem de discussão em face da necessidade de sua revisão e/ou revogação, sob a pena de perda acentuada do patrimônio ambiental público paulista, tais como: Decreto 49566/05, Resolução SMA 54/04, Resolução SMA 51/06, Resolução SMA 54/07, Resolução SMA 13/08, Resolução SMA 31/09, entre várias outras;
4) USO INADEQUADO E DISTORCIDO DOS INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO
Considerando as situações exemplificadas neste item, que denotam principalmente uma falha nas diretrizes maiores que deveriam nortear as ações dos diversos setores, obrigatoriamente atreladas a um planejamento ambiental eficiente, que permitisse uma visão maior e uma política estatal para a boa qualidade ambiental, com perspectivas de diretrizes territoriais e zoneamento, resultado da percepção das vocações naturais e antrópicas, com diretrizes para a sustentabilidade regional que incluísse um aprofundado mapeamento da vulnerabilidade ambiental.
Considerando ainda que não há planejamento, gestão e resguardo do meio ambiente em nível regional, observando-se ações degradadoras acontecendo à mercê dos interesses de municípios e empreendedores. Tais fatos são facilmente comprováveis em procedimentos instaurados pelo Ministério Público Estadual e Federal.
Regiões extremamente importantes, onde se encontram os poucos remanescentes de ecossistemas naturais, em grave ameaça de destruição em função dos projetos de infra-extratora de vários tipos, que estão sendo decididos sem preocupação com o futuro destas regiões (sustentabilidade) e sem o uso adequado dos instrumentos de planejamento que integram a Política Nacional do Meio Ambiente: Zoneamento Ecológico-Econômico (ZEE), avaliação de impactos ambientais, etc.
Como exemplo da visão fragmentada e da ausência da visão de planejamento, que acaba configurando uma perigosa ameaça ao meio ambiente, citamos a perspectiva de vários projetos previstos e em andamento, descompromissados com o futuro da sustentabilidade:
2- Baixada Santista: Terminais Portuários (associados ou não a Terminais de Containers; Instalações Retroportuárias e Industriais, Dragagens (disposição de contaminados em Unidades Confinadas e disposição marinha), Aeroporto Metropolitano, Travessia Santos Guarujá, Aterro Sanitário, Efeitos da estrutura destinada ao Pré-sal (Petrobrás).
3 - Litoral Sul: Complexo Estuarino- Lagunar, UHE de Tijuco Alto.
4 - Capital: Rodoanel – trechos sul e leste (Billings, Guarapiranga, Cantareira), empreendimentos imobiliários co-localizados na região da Granja Viana.
5 – Interior – Campinas – loteamentos fechados de alto padrão, contíguos, sem avaliar a sinergia dos impactos ambientais.
Antigo DAIA - Departamento de Avaliação de Impacto Ambiental
Considerando ainda o atual despreparo e falta de material das atuais Agências Ambientais, cridas no processo de descentralização, ressaltando-se ainda a aceitação de simplificação e fragmentação do licenciamento, com flagrante prejuízo para a sua qualidade, tendo como exemplo o Rodoanel, entre outros casos.
CONSEMA
2 – A perspectiva de construção coletiva de planos de trabalho para a elaboração dos Estudos de Impacto Ambiental foi cerceada no projeto de lei, conduzido pela Secretaria de Meio Ambiente. Anteriormente os estudos ambientais de projetos impactantes eram passíveis de discussão na sua formulação, com o acatamento de contribuições da comunidade local e do próprio CONSEMA, ou seja, a espinha dorsal do estudo ambiental a ser apresentado poderia ser construída com participação social. Essa alteração transformou as diretrizes gerais que orientam estudos de impacto ambiental em negociação interna, de balcão, sem transparência nenhuma e dificultando o acesso à informação, além de ferir conquistas sociais e princípios de gestão participativa consagrados.
3 – No regimento interno do conselho, está estabelecido há alguns anos que todo pedido de vistas, que permite aos conselheiros um estudo mais aprofundado dos processos em pauta, deve ser aprovado por 2/3 do conselho, ou seja, 24 votos, enquanto a sociedade civil organizada possui apenas 18 assentos. Portanto, sem contar com aval governamental, tal direito não poderá ser exercido. Note-se que no CONAMA - Conselho Nacional do Meio Ambiente, órgão maior do Sistema de Meio Ambiente brasileiro, com 111 membros, o pedido de vistas é um direito inalienável garantido a qualquer conselheiro.
4 – O setor ambientalista ocupa seis assentos no CONSEMA, eleitos por um cadastro de entidades ambientalistas mantido pela secretaria executiva do CONSEMA, intitulado Cadastro de Entidades Ambientalistas com Cadastro junto ao CONSEMA - Conselho Estadual do Meio Ambiente de São Paulo. Da mesma forma como ocorre no Cadastro Nacional das Entidades Ambientalistas do CONAMA - Conselho Nacional do Meio Ambiente, esse cadastro é construído com a participação da sociedade civil, com pareceres dos representantes ambientalistas na avaliação dos estatutos e documentação apresentada, evitando distorções no cadastramento. Após o mês de setembro, esse cadastro construído ao longo de anos, passou a ser substituído por outro, que está sendo construído pela Secretaria de Meio Ambiente, que usando de manipulação política passou a convidar as entidades ambientalistas para o denominado “café ambiental”, realizado nas dependências da Secretaria de Estado, do qual só podem participar as entidades cadastradas em nova lista cuja criação e manutenção é uma prerrogativa exclusiva da secretaria, sem nenhuma participação do segmento já constituído e seus representantes, onde aos membros cadastrados se oferece possibilidades de “trabalho conjunto”. Não resta dúvida que a atual administração intenta manipular o setor ambientalista, que representa o mais forte elemento de controle social e transparência junto à área de licenciamento ambiental;
5 – As pautas do Conselho são decididas pelo Secretário de Meio Ambiente, sem discussão com o conjunto de atores sociais representados, contrariando exemplos do CONAMA, onde há uma Comissão Institucional que debate com todos os segmentos a escolha dos pontos de pauta.
6 – Há uma ausência de discussão com a sociedade sobre parecer jurídico, inexistindo uma câmara técnica de assuntos jurídicos que permita dirimir dúvidas sobre a legalidade dos processos em pauta. Dessa forma, muitas questões mal resolvidas do ponto de vista legal são encaminhadas para deliberação do conselho.
7 – As reuniões são conduzidas em espaço restrito, com impossibilidade de participação direta das comunidades envolvidas.
1 – PRADS – Planos de Recuperação de Áreas Degradadas, na atividade de mineração.
2 - TCRAs – supressão de vegetação
3 - Licenças Prévias - exigências do licenciamento de EIA-RIMA (Estudos de Impacto Ambiental).
8) DIFICULDADES NA IMPLEMENTAÇÃO DA EXIGÊNCIA SOCIAL E PARA AÇÃO EFICIENTE DO MOVIMENTO AMBIENTALISTA
CONCLUSÕES E SOLICITAÇÕES
3 de dez. de 2009
Tecnologia de materiais de construção
A utilização Sustentável dos materiais naturais de construção frente à atual crise sócio-ambiental, a crise energética, o aquecimento global e outros fatores a utilização de materiais de construção mais eco eficientes e de menor impacto ambiental começa sim a ter um sentido, ou melhor, uma necessidade, visto que a indústria da construção civil é um dos setores mais poluentes do Planeta. Outro fator que releva o uso dos materiais naturais é o cultural, principalmente ligado ao patrimônio histórico, onde várias tecnologias de construção estão sendo esquecidas, a utilização dos materiais naturais podem apresentar os seguintes aspectos que auxiliam a sustentabilidade :
- minimizar o consumo de recursos não renováveis
- utilizar recursos renováveis e retornáveis
- minimizar os desperdícios
- racionalizar o uso da água e energia
- criar um ambiente saudável e não tóxico
- valorizar as pessoas, os materiais e a cultura local
- resgatar a memória do construir
- conservar o Patrimônio Histórico
TECNOLOGIAS DE CONSTRUÇÃO E MATERIAS
Terra Crua
O termo Terra Crua caracteriza técnicas que utilizam a terra sem queima, a terra como matéria-prima na elevação de alvenarias, de abóbadas e de outros elementos construtivos e tem sido empregada desde o período pré-histórico, existindo um consenso em ter sido o primeiro material de construção da humanidade, desde os abrigos escavados aos primeiros tijolos de terra crua feitos à mão. Na Turquia, na Assíria e em outros lugares no Oriente Médio foram encontradas construções com terra apiloada ou moldada, que datam entre 9000 e 5000 a.C. (Minke, 2001).
No Egito antigo, os adobes de terra crua assentados com finas camadas de areia eram utilizados na edificação de fortificações e residências, e uma espécie de argamassa feita de argila e areia era material de preenchimento de lajes de cobertura estruturadas com troncos roliços. As muralhas da China também foram edificadas com argila apiloada entre alvenarias duplas de pedra. Baseado em Minke (2001), pode-se observar que as construções com a terra como a matéria-prima básica apresenta vantagens e desvantagens em relação a outros materiais clássicos de construção.
Vantagens:
A terra crua regula a umidade ambiental: o barro possui a capacidade de absorver e perder mais rapidamente a umidade que os demais materiais de construção;
A terra armazena calor: como outros materiais densos como as alvenarias de pedra, o barro armazena o calor durante sua exposição aos raios solares e perde-o lentamente quando a temperatura externa estiver baixa;
As construções com terra crua economizam muita energia e diminuem a contaminação ambiental. As construções com terra praticamente não contaminam o ambiente, pois para prepará-las necessita-se de 1 a 2% da energia despendida com uma construção similar com concreto armado ou tijolos cozidos;
O processo é totalmente reciclável: as construções com solo podem ser demolidas e reaproveitadas múltiplas vezes. Basta fragmentar e voltar ao processo de preparo da massa de terra.
Desvantagens:
Não é um material de construção padronizado: sua composição depende das características geológicas e climáticas da região. Podem variar composição, resistências mecânicas, cores, texturas e comportamento. Para avaliar essas características são necessários ensaios que indicam as providências corretivas para corrigi-las com aditivos.
É permeável: as construções com terra crua são permeáveis e estão mais suscetíveis às águas, sejam pluviais, do solo ou de instalações. Para sanar esse problema é necessária a proteção dos elementos construtivos: seja com detalhes arquitetônicos ou com materiais e camadas impermeáveis.
Há retração: o solo sofre deformações significativas durante a secagem gerando fissuras e trincas.
Estas desvantagens são possíveis de ser trabalhadas e solucionadas com a utilização de aditivos e agregados e com o “desenho” arquitetônico.
Os sistemas de construção com terra segundo alguns autores podem ser divididos em 03 grupos principais:
Os enformados, que utilizam apoio de formas de madeira, por exemplo: Taipa de Pilão, os entramados que utilizam uma ossatura de material leve(bambu ou terra) como a Taipa de Mão ou Pau-à-Pique e os Tijolos que podem ser moldados à mão ou em formas como os Adobes e BTC (blocos de terra comprimida), também seria possível dividir as técnicas por serem monolíticas ou um conjunto de peças montadas ou por técnicas que utilizam a terra em forma úmida e plástica ou de forma mais seca.
TÉCNICAS DE CONSTRUÇÃO COM TERRA
Taipa de Pilão
É a técnica de construção com terra crua mais antiga. Jogamos a mistura de terra que é apiloada em camadas dentro de uma forma tipo sanduíche, tornando-se um bloco monolítico. No método modernizado o cimento e a cal têm função específica de estabilizadores e são utilizados em porções muito pequenas de 5 a 10% em relação ao volume de terra, as formas são feitas de chapas de compensado naval e máquinas elétricas e pneumáticas como misturadores e pilões são utilizados para acelerar o processo.
Taipa de mão ou pau-a-pique
Taipa de sopapo, taipa de sebe, barro armado, pau-a-pique. É uma técnica de construção onde as paredes são armadas com madeira ou bambu e preenchidas com barro e fibra.
Adobe
Técnica construtiva que consiste em se moldar o tijolo cru, em formas de madeira, a partir das quais o bloco de terra é seco ao sol, sem que haja a queima do mesmo.
Mistura-se terra com água até se obter uma mistura plástica, capaz de ser moldável. Geralmente, os "adobeiros" amassam o barro com os pés descalços, o que permite uma massa mais homogênea. Em alguns locais, além da terra e água, utilizava-se fibras vegetais cortadas como estabilizador por armação e o estrume de gado fresco como estabilizador químico. Depois de amassado, o barro é colocado em uma forma de madeira ou metal e ao se desformar o bloco é colocado ao sol para secagem.
BTC – Bloco de terra comprimida
Também o cimento e a cal são utilizados como estabilizadores para a fabricação de tijolos em prensas manuais ou hidráulicas, a vantagem destes tijolos é que não houve queima em sua fabricação e sua resistência mecânica é igual ao tijolo cozido ainda que sua permeabilidade seja um pouco inferior.
Terra ensacada ou Superadobe
Utilizando bobinas de polipropileno para encher e compactar terra estabilizada ou não, pode se construir muros de contenção e até alvenarias.O solo-cimento ensacado tem uma outra aplicação, muito útil no meio rural: a construção de diques para controle de voçorocas. Levantados em determinados intervalos, esses diques permitem diminuir a velocidade das águas, contendo o processo de erosão. Esse tipo de obra também favorece a recomposição do terreno, retendo o solo que antes era carregado pelas águas.
26 de nov. de 2009
BioArquitetura
- Reciclagem e técnicas de reutilização de materiais;
- Pesquisa de novos produtos à base de matérias–primas naturais não agressivas e renováveis como óleos e resinas vegetais;
- Desenvolvimento de novas maneiras de utilizar materiais de mercado com características agressivas ao meio ambiente diminuindo a quantidade empregada (petróleo, cimento, madeira, PVC, alumínio, etc...);
- Sistemas energéticos que utilizam recursos naturais potencialmente renováveis (solar, eólico, biodigestor, óleos vegetais, etc...);
- Sistemas de tratamento naturais dos efluentes domésticos (esgoto);
- Novas visões de gestão da obra e da manutenção dos edifícios evitando desperdícios;
- Educação para o consumo consciente;
- Criar um ambiente construído saudável e não tóxico;
- Valorização das pessoas, dos materiais e da cultura local.
A BioArquitetura está inserida nesta nova e ao mesmo tempo ancestral idéia de integrar o fazer humano com o meio ambiente em que se vive, estabelecendo com ele uma sinergia, uma cooperação entre Homem e Natureza, objetivando uma vida mais saudável para a humanidade e também para o planeta, entendendo o ser humano como parte integrante do meio natural e não separado dele. O abrigo construído pelo Homem deve ser compreendido como algo vivo com seu metabolismo próprio, que vai interagir com o Homem e o meio em que está, não só na fase de construção, mas principalmente durante o seu uso.
A Arquitetura neste início de milênio se depara com um novo paradigma: Evocar o passado e atuar consciente no presente para garantir um futuro comum para todos.
Fonte: Archidomus Arquitetura – Arquiteto Francisco Lima
21 de nov. de 2009
O anti-consumo já tem uma legião de adeptos na Internet
19 de nov. de 2009
Flor de Garrafa Pet
A Festa de 25 anos da Banda Ilha Bela, que aconteceu no dia 01/11/09 na praia do Jabaquara, foi decorada pela equipe do Recicla Flores.
A decoração do espaço manteve-se fiel ao conceito de reutilização de materiais e, as flores feitas de garrafa pet preencheram o jardim do restaurante com muitas formas e cores.
Grande parte do design das flores e das pinturas foram elaboradas pelos artistas Patrícia Pollone e Dennis Goebel Praça. Com amplo conhecimento em cenografia, decoração e artes plásticas, Dennis deu um toque especial às flores e agregou requinte na composição da decoração.
Recicla Flores está aberta para decoração de festas e eventos em geral...
15 de nov. de 2009
7 de nov. de 2009
ECOVILAS
ECOVILAS EM FORMAÇÃO NO BRASIL
- Comunidade Arcádia
- Comunidade Omni
dimensão - 40 has
moradores -20 famílias
OBS: Há uma cota à venda por U$ 5.000
- Comunidade Luz Divina
dimensão - 12 has
moradores - 1 família
OBS: Há uma cota à venda por U$ 4.000
- Comunidade Aldeia do Sol
dimensão - 30 has
moradores - 5 famílias
OBS: Há cotasà venda por U$ 20.000
- Comunidade Marsilac
dimensão - NC
moradores -1 família
OBS: Cotas em negociação
- Comunidade Morro Encantado
dimensão - 8 has
moradores -em negociação
OBS: Cotas em negociação
- Comunidade em Cabralia Distrito Santo André
dimensão - 6 has
moradores - em negociação
OBS: Cotas em negociação
- Comunidade Curucaca
dimensão - 400 has
moradores -venda direto com proprietário
OBS: Cotas na face oeste entre 1.500 m2 à 3.3 has
- Comunidade Projeto Aurora
faeco@yahoogrupos.com.br
30 de out. de 2009
Soluções para Produtos Químicos
½ Kg de sabão de coco, glicerina ou caseiro; Suco de 2 limões; 4 colheres de sopa de amoníaco; 6 l de água ou chá forte de ervas.
Dissolva os pedaços de sabão, picado ou ralado num l de água quente. Adicione 5 l de água fria junto com o suco de limão e o amoníaco. Guarde em garrafas.
- DESINFETANTE
5 l de água ou erva aromática; 750 g de sabão de coco; 1 copo médio de hidróxido de amônio(sal amoníaco).
Ralar, dissolver o sabão num pouco de água quente. Qd/ estiver quase frio juntar o resto da água e o amoníaco .
- DESINFETANTE PARA BANHEIRO
5 l de cachaça ou álcool; 4 l de água; 1 sabão caseiro; folhas de eucalipto ou outra erva aromática.
Ferver 1 l de sabão até dissolver; depois de frio juntar 3 l de água e a tintura.
- SABÃO ANTIPULGAS E PIOLHOS.
2 sabões caseiros; 50ml de tintura de arruda e erva de santa maria.
Derretem-se os sabões e misturam-se as tinturas ou faz-se o sabão caseiro utilizando chás fortes destas ervas em vez de água.
- SABÃO CASEIRO (BÁSICO)
4 l de água; 1 kg de soda; 4 l de álcool; 5 k g de sebo.
Mais infos: http://sabaodoselecta.blogspot.com/
25 de out. de 2009
Biogás
Esse é um processo natural que ocorre em pântanos, mangues, lagos e rios, e é uma parte importante do ciclo biogeoquímico do carbono. Produzido dessa maneira, o biogás não é utilizado como fonte de energia.
A produção do biogás também é possível a partir de diversos resíduos orgânicos, como estercos de animais, lodo de esgoto, lixo doméstico, resíduos agrícolas, efluentes industriais e plantas aquáticas.
Nesse caso, quando a digestão anaeróbica é realizada em biodigestores, especialmente planejados, a mistura gasosa produzida pode ser usada como combustível, o qual, além de seu alto poder calorífico, de não produzir gases tóxicos durante a queima e de ser uma ótima alternativa para o aproveitamento do lixo orgânico, ainda deixa resíduo um lodo que é um excelente biofertilizante.
Um exemplo de utilização de biodigestores é a produção de biogás pela Sabesp na estação de tratamento de Barueri, este gás produzido é utilizado na geração de energia elétrica através de motores e microturbinas, que supre parte da energia elétrica consumida numa Estação.
O biogás é uma mistura gasosa composta principalmente de:
- Metano (CH4): 40 - 70% do volume de gás produzido.
- Dióxido de carbono (gás carbônico, CO2): 30 - 60% do volume de gás produzido.
- Hidrogênio (H2): 0 - 1% do volume.
- Sulfeto de hidrogênio (gás sulfídrico, H2S): 0 - 3% do volume .
O poder calorífico do biogás é aproximadamente 6kWh/m3, o que corresponde a aproximadamente meio litro de óleo diesel. O principal componente do biogás, quando se pensa em usá-lo como combustível, é o metano.
As vantagens da utilização do processo de Biodigestão são:
- É um processo natural para se tratar rejeitos (resíduos) orgânicos.
- Requer menos espaço que aterros sanitários ou compostagem.
- Diminuir o volume de resíduo a ser descartado.
- É uma fonte de energia renovável.
- Produz um combustível de alta qualidade e ecologicamente correto ( a combustão do metano só produz água e dióxido de carbono, não gerando nenhum gás tôxico).
- Maximiza os benefícios de reciclagem / reaproveitamento da matéria orgânica.
- Produz como resíduo o biofertilizante, rico em nutrientes e livres de microorganismos patogênicos.
- Reduz significativamente a quantidade emitida de dióxido de carbono (CO2) e de metano (CH4), gases causadores do efeito estufa.
As desvantagens da utilização do processo de Biodigestão são:
- Controle dos níveis das variáveis de operação dos biodigestores como: temperatura, teor de água, pH, nutrientes e impermeabilidade ao ar.
- Formação de gás sulfídrico (H2S), um gás tóxico.
- Necessidade de tratamento do gás obtido, dependendo da quantidade de gás sulfídrico.
- Escolha do material na construção do biodigestor devido a formação de gases corrosivos.
Fonte: 1. Udaeta, Miguel. et al. Energia do Biogás do Reuso da Água do Esgoto dentro do Planejamento Energético. GEPEA/Ago/2004. 2. Apostila Habitações Sustentáveis - IPEMA.
24 de out. de 2009
Energia Renovável
A energia solar é considerada uma fonte de energia limpa e renovável, pois não polui o meio ambiente e não acaba.
É a partir da energia do Sol que se dá a evaporação, origem do ciclo das águas, que possibilita o represamento e a conseguente geração de eletricidade (hidroeletricidade). A radiação solar também induz a circulação atmosférica em larga escala, causando os ventos. Petróleo, carvão e gás natural foram gerados a partir de resíduos de plantas e animais que, originalmente, obtiveram a energia necessária ao seu desenvolvimento, da radiação solar.
Exemplos: A energia solar atinge uma célula fotovoltáica criando eletricidade. A conversão a partir de células fotovoltaicas é classificada como direta, apesar de que a energia elétrica gerada precisará de nova conversão em energia luminosa ou mecânica, por exemplo - para se fazer útil.
A energia solar atinge uma superfície escura e é transformada em calor, que aquecerá uma quantidade de água, por exemplo - esse princípio é muito utilizado em aquecedores solares.
Método Indireto significa que precisará haver mais de uma transformação para que surja energia utilizável.
Exemplo: Sistemas que controlam automaticamente cortinas, de acordo com a disponibilidade de Luz do Sol.
Também se classificam em passivos e ativos:
Sistemas passivos são geralmente diretos, apesar de envolverem (algumas vezes) fluxos em convecção, que é tecnicamente uma conversão de calor em energia mecânica.
Sistemas ativos são sistemas que apelam ao auxílio de dispositivos elétricos, mecânicos ou químicos para aumentar a efectividade da coleta. Sistemas indiretos são quase sempre também ativos.
A energia solar não polui durante seu uso. A poluição decorrente da fabricação dos equipamentos necessários para a construção dos painéis solares é totalmente controlável utilizando as formas de controles existentes atualmente.
As centrais necessitam de manutenção mínima.
Os painéis solares são a cada dia mais potentes ao mesmo tempo que seu custo vem decaindo. Isso torna cada vez mais a energia solar uma solução economicamente viável.
A energia solar é excelente em lugares remotos ou de difícil acesso, pois sua instalação em pequena escala não obriga a enormes investimentos em linhas de transmissão.
Em países tropicais, como o Brasil, a utilização da energia solar é viável em praticamente todo o território, e, em locais longe dos centros de produção energética, sua utilização ajuda a diminuir a demanda energética nestes e consequentemente a perda de energia que ocorreria na transmissão.
Um painel solar consome uma quantidade enorme de energia para ser fabricado. A energia para a fabricação de um painel solar pode ser maior do que a energia gerada por ele.
Os preços são muito elevados em relação aos outros meios de energia.
Existe variação nas quantidades produzidas de acordo com a situação atmosférica (chuvas, neve), além de que durante a noite não existe produção alguma, o que obriga a que existam meios de armazenamento da energia produzida durante o dia em locais onde os painéis solares não estejam ligados à rede de transmissão de energia.
Locais em latitudes médias e altas (Ex: Finlândia, Islândia, Nova Zelândia e Sul da Argentina e Chile) sofrem quedas bruscas de produção durante os meses de inverno devido à menor disponibilidade diária de energia solar. Locais com frequente cobertura de nuvens (Curitiba, Londres), tendem a ter variações diárias de produção de acordo com o grau de nebulosidade.
As formas de armazenamento da energia solar são pouco eficientes quando comparadas por exemplo aos combustíveis fósseis (carvão, petróleo e gás), a energia hidroelétrica (água) e a biomassa (bagaço da cana ou bagaço da laranja).
Algumas formas da utilização da energia solar seguem abaixo.....
É usado para a produção de eletricidade através de painéis solares. Ao absorver luz, este dispositivo produz uma pequena corrente elétrica, que é aproveitada. Há duas formas: a ativa - transformação dos raios solares nas formas de energia térmica ou elétrica; passiva - é aplicada no aquecimento dos prédios.
ENERGIA EÓLICA
A energia eólica é gerada pelo vento e pode ser canalizada pelas modernas turbinas eólicas ou pelo tradicional cata-vento.
Vantagens: Há ventos favoráveis no Brasil, para a ampliação dos instrumentos eólicos. O impacto ambiental é minimo, tanto em ruídos quanto para o ecossistema.
Desvantagens: Para a produção de energia elétrica em grande escala só são interessantes regiões que tenham ventos com velocidade de 6 m/seg ou superior. As turbinas e os cata-ventos são instalações mecânicas grandes e ocupam um espaço físico considerável.
Vantagens: As pequenas centrais suprem uma prioridade e alimentam seus geradores. A região Centro-Sul do Brasil é propícia ao uso desse tipo de recurso.
Sólida: Produtos e resíduos da agricultura (vegetal e animal), resíduos de florestas e a parte biodegradável dos resíduos industriais e urbanos.
Líquida: Combustíveis líquidos, como o biodiesel, obtido a partir de óleo de girassol; o etanol, produzido com a fermentação de hidratos de carbono (açúcar, amido, celulose); e o metanol, gerado pelo gás natural.
Gasosa: Encontrada na agroindústria e nos aterros de resíduos sólidos urbanos. Estes resíduos são resultado da degradação da matéria orgânica e são produzidos por uma mistura de metano e gás carbônico. A combustão (queima) desses materiais gera a energia.
Em breve, mais informações sobre Energias.......
Fontes:
- IPEMA/07
- http://guia.mercadolivre.com.br/energia-solar-principios-aplicacoes-6216-VGP
- Revista Pró Teste - Ano VIII - n.86 - Nov/09
20 de out. de 2009
Água - Captação de água das chuvas e construção de cisterna
Atualmente a água é tratada pela civilização moderna como um recurso rico e ilimitado. Ao mesmo tempo em que o uso sustentável deste recurso é adiado, nunca a poluição dos sistemas aquáticos atingiu níveis tão altos, a ação humana hoje, através da criação de grandes áreas impermeabilizadas nas grandes cidades, da contaminação dos lençóis freáticos com os fertilizantes químicos e agrotóxicos, da contaminação dos cursos de água pelas indústrias e o esgoto doméstico, que compromete seriamente a qualidade da água para o consumo humano.
Só a atividade agropecuária é a responsável pela maior parte do consumo de água doce do mundo, cerca de 73%, e é na agricultura onde ocorre o maior desperdício: as irrigações por pivô, perdem 60% da água por evaporação antes que esta atinja o solo; culturas não adaptadas ao meio ambiente consomem mais água que culturas de espécies nativas, para produzir a mesma quantidade de alimento. a industria consome 21% da água doce e o restante é consumido em uso doméstico.
O uso sustentável da água consiste em estabelecer o máximo de elementos de captação, armazenamento, e reciclagem; preferindo armazenar água nos pontos mais altos e reciclar água o quanto for possível.
A água ingressa num sistema produtivo de uma propriedade agrícola na forma de chuva, água de inundação, água de irrigação, água no solo e umidade do ar. A umidade do solo é um fator determinante na produção de alimento em um sítio. A água presente no solo transporta nutrientes solúveis, afeta a aeração, a temperatura e os processos biológicos do solo.
As condições climáticas, o manejo do solo e a exigência das plantas cultivadas no sítio é que determinarão as condições de umidade do solo. Destes, o único fator que não pode ser manejado é o clima. O manejo do solo através da adoção de práticas de movimentação do solo sem revolvimento, plantio em nível, terraceamento, canais de infiltração e cobertura do solo, que por si só já é capaz de aumentar a retenção de água no solo, já que a matéria orgânica é capaz de reter 4 vezes o seu volume em água.
A captação da água no solo tem sua importância no controle da erosão hídrica; na reposição do estoque de água nos lençóis freáticos e na recuperação da fertilização da fertilidade do solo. As técnicas de captação da água no solo dependem de algumas características, tais como, clima, regime de precipitação e fatores de sítio como a topografia e disponibilidade de recursos e mão-de-obra.
Captação da água dos telhados é uma solução prática e confiável para o abastecimento de água potável. A água da chuva normalmente precipita limpa é livre de poluição e, se captada e armazenada de forma correta pode suprir as necessidades de uma família durante todo o ano.
* TANQUES DE FERROCIMENTO
A técnica do ferrocimento é uma técnica muito econômica para utilização do cimento e permite a construção rápida de reservatórios de pequeno porte. O custo final chega a ser 20% do valor de reservatórios de ferro, sendo que estes se não galvanizados oxidam em menos de cinco anos.
Tanques de ferrocimento são muito resistentes e de fácil reparo. Utiliza-se uma malha de ferro (tela de reforço) de armação e telinha para sustentação e uma camada de 2 cm de espessura de massa de cimento forte. Depois de pronta a caixa deve permanecer cheia por duas semanas para curar o cimento.
Para armazenamento de água potável, a cisterna deve ser vedada à luz solar e protegida com tela para insetos. Posicione o registro de saída a 10 cm do fundo da caixa e o dreno de limpeza no fundo da caixa. Direcione a saída de excesso (ladrão) para um canal de infiltração. A ligação da calha à caixa deve ser direta, sem uso de sifão.
* DEMANDA
O tamanho do reservatório deve ser determinado pela necessidade de consumo e a duração máxima do período de estiagem (seca).
Quanto de água você precisa armazenar?
Esse resultado pode ser obtido facilmente com este simples cálculo:
Demanda diária X n. de pessoas X Máximo período sem chuvas = Necessidade de armazenamento.
CAPACIDADE 7000 litros 29000 litros* 65000 litros*
MATERIAL
Tela de reforço** 12 metros 24 metros 36 metros
Telinha de viveiro*** 18 metros 42 metros 74 metros
Cimento 7 sacos 18 sacos 35 sacos
Areia lavada 14 carrinhos 36 carrinhos 70 carrinhos
Tampa e conexões
* Tanques de raio superior a 1,5 metros necessitam de estrutura reforçada para a tampa.
** Tela de reforço 10x10/4,3 mm, rolo 2,45x60m.
*** Tela de pinteiro, 1/2" rolo de 1mx100m.
* CÁLCULO PARA DIMENSIONAMENTO DA CISTERNA
Área do fundo:
? (3,1416) × R 2 (raio) × h (altura) = Volume da cisterna em m 3
Circunferência:
2× ? (3,1416) × R (raio) = Circunfrência
Área da parede:
Circunferência × h (altura) = área da parede em M 2
Exemplo da aplicação dos cálculos p/ 01 cisterna de 30.000 litros:
30.000 = ? (3,1416) × R 2 (raio) × 2,45m (altura)
30.000 = 7,69 × R 2
R 2 = 30 m 3 /7,69 ( para obter resultado em m)
R 2 = v 3,9
R = 1,97m (medida do raio)
Quando a área e o solo estiverem preparados, utilize implementos ou ferramentas manuais para a compactação e alisamento do local onde será construído o tanque. Coloque uma estaca no centro. Amarre uma corda fina ou fita métrica na estaca, de tal maneira que se possa girar a corda ou a fita riscando no chão um círculo com o diâmetro obtido no cálculo, no caso, 1,97 m 2 , Para facilitar a visualização, espalhe cal, farinha ou qualquer outra matéria branca sobre o círculo. Este vai ser o local o local da construção.
* PROCEDIMENTOS BÁSICOS PARA A CONSTRUÇÃO
1º DIA
1.0. PREPARAÇÃO DO LOCAL
1.1. Marcar circunferência da base da cisterna no chão;
1.2. Nivelar e compactar o solo. Vazamentos na base podem trazer grandes problemas;
2.0 ARMAÇÃO DA GAIOLA (Estrutura Férrea)
2.1. Marcar um local a parte para amarrar as estruturas;
2.2. Cortar cada parte da cisterna separadamente (observar medidas)
* BASE
* TAMPA
* LATERAL
2.3. Amarrar a tela de pinteiro em suas respectivas estruturas (tampa e lateral);
2.4. Acoplar e amarrar as estruturas que foram montadas separadamente;
3.0 CIMENTAR A BASE
* Revestir o local da base com uma argamassa de 4 cm de espessura em uma mistura de 03 partes de cimento por 01 de areia;
* Assentar a estrutura da base já com as esperas;
* Fazer o segundo revestimento cobrindo toda a ferragem;
2º DIA
4.0 PRIMEIRO REBOCO
* Amarrar a lateral (já pronta) à estrutura da base;
* Aplicar o primeiro reboco externo lateral;
* Esperar secar;
3º DIA
5.0 SEGUNDO REBOCO
* Aplicar o primeiro reboco no interior da lateral;
* Aplicar o segundo reboco externo na lateral;
* Fazer acabamento interno com esponja e água;
* Fazer acabamento externo com desempenadora;
* Fazer acabamento externo com exponja e água;
* Instalar as conexões (dreno ladrão flange, registro, mangueira de nível);
* Manter às paredes úmidas para evitar rachaduras;
4º DIA
6.0 TAMPA
* Amarrar a estrutura da tampa lateral;
* Escorar a estrutura dando forma a tampa;
* Msontagem da válvula separadora das primeiras águas da chuva;
* Aplicação do primeiro e segundo rebocos na tampa;
* Acabamento com desempenadeira;
* Acabamento com esponja e água;
* Aplicação de uma;
* Encher a cisterna;
* Retirar as escoras após 15 dias;
OBSERVAÇÕES IMPORTANTES
Deve-se observar o clima durante a construção, caso haja sol intenso ou baixa umidade relativa do ar será necessário molhar a parede da cisterna para evitar rachaduras ocasionadas pela rápida perda de água;
Para cisternas com tampa e raio superior a dois metros é necessária a construção de pilares para apoiar a mesma;
A cisterna deve estar sempre úmida durante a cura do cimento;
É conveniente lavar as caixas uma vez por ano, no começo do período de chuvas. Utilize cal diluída
A argamassa utilizada é feita com 02 parte de areia para 01 de cimento e 01 saco de cimento rende aproximadamente 03 m 2