23 de dez. de 2009
2010 vai ser 10!!
20 de dez. de 2009
Bambu
- Baixo impacto ambiental - cadeia produtiva consome menos energia, água, insumos e transporte.
- Mais saudáveis - materiais biocompatíveis.
- Economicamente viável - maior investimento em MO.
- Qualificação da MO - incluindo educação ambiental.
- Valorização de culturas locais.
- Ampliar o diálogo entre as técnicas tradicionais e a tecnologia.
- Valor agregado ao investimento.
Mais ainda, o BAMBU é um material altamente renovável, flexibilidade e leveza, reflorestamento e sequestro de carbono, geração de renda, além de utilização múltipla:
- na arquitetura
- paisagismo
- design
- alimentação
- biomassa, etc
12 de dez. de 2009
Garrafas Reutilizadas
MAIS INSPIRAÇÃO, MAIS VONTADE DE REUTILIZAR, MAIS ARTE....
GARRAFA REUTILIZADA TRANSFORMADA EM VASO DECORATIVO E/OU PARA FLORES, TAMBÉM PODE SER USADA PARA VELAS...
MAIS UM TIPO DE MATERIAL QUE PODE SER REFORMADO E TRANSFORMADO EM ARTE SUSTENTÁVEL.....
AGUARDEM MAIS PRODUTOS, MAIS IMAGENS, MAIS ARTE E MAIS MATERIAIS PARA REUTILIZAR E RECICLAR...
8 de dez. de 2009
Reconstrução do Sistema de Meio Ambiente em SP
Sistema de Meio Ambiente do Estado de São Paulo
São Paulo, 16 de novembro de 2009
Ao Governo do Estado de São Paulo
c/c Aos meios de comunicação de mídia
À Coordenadoria de Apoio das Promotorias de Meio Ambiente do Ministério Público do Estado de São Paulo
c/c Promotorias de Meio Ambiente do Estado de São Paulo (todas)
Entidades Ambientalistas do Estado de São Paulo
Cadastro Nacional de Entidades Ambientalistas do Conama
IBAMA- Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
O Coletivo de Entidades Ambientalistas com cadastro junto ao CONSEMA, reunido em sua reunião ordinária, no dia 16 de novembro de 2009, na sede do Sindicato dos Advogados do Estado de São Paulo, deliberou por unanimidade junto com o SINTAEMA - Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente, que tem representação no CONSEMA, e com apoio de outros setores representativos da sociedade civil, pelo seguinte manifesto dirigido ao governo estadual e à sociedade paulista, intitulado “Manifesto pela Reconstrução do Sistema de Meio Ambiente do Estado de São Paulo”.
Considerando que a perspectiva de respeito à vida e à dinâmica biológica ecossistêmica não pode prescindir de um modelo de gestão que proteja sistemas vitais, com eficiência no planejamento, gestão, licenciamento, fiscalização e controle de fontes poluidoras, além do investimento em educação e conscientização da população;
1) A FALÁCIA DO “DESMATAMENTO ZERO”
Considerando exemplos inequívocos de degradação ambiental promovidos com o aval da Secretaria Estadual do Meio Ambiente, com danos à biodiversidade paulista, que demonstram ausência de planejamento ambiental, ineficácia de fiscalização e dos licenciamentos ambientais, constatados em desmatamentos que ocorreram recentemente, em áreas sob embargo e procedimentos judiciais, em função de irregularidades nas autorizações para desmatamento do Departamento Estadual de Proteção de Recursos Naturais (DEPRN), e que ilustram apenas uma pequena amostra que envolve este grave problema:
1 - Empreendimento Alphaville Granja Viana, onde mais de 27 hectares de Mata Atlântica (1 hectare = 10.000 m2), em área que abriga espécies ameaçadas de extinção foram destruídos com licenciamento eivado de vícios técnicos e jurídicos, caracterizando ineficácia de avaliação ambiental, classificação equivocada dos estágios sucessionais, insuficiências e equívocos na caracterização da vegetação e da fauna, dos recursos hídricos e da topografia (topo de morro), fatos atestados em recente laudo do Ministério Público do Estado de São Paulo.
2 - Loteamento Riviera de São Lourenço, em Bertioga, no Litoral paulista, com autorização de desmatamento de, pelo menos, 153,3 hectares (entre 2006 e 2009) em uma área de floresta de restinga, a maior autorização vigente na Mata Atlântica paulista, em área que abriga entorno de nascentes e faixa de restinga de 300 metros da preamar (APPs - Áreas de Preservação Permanente). Os estudos do Programa Biota/FAPESP também apontam o local como importante para a criação de unidades de conservação;
3 - A pista de arrancada internacional de São Paulo, no município de Itatiba, um autódromo para corridas construído em área de 16 hectares, destruindo diversas nascentes e área de Mata Atlântica, com movimentação de terra que causou erosão e assoreamento das nascentes, sendo que há ameaça iminente de poluição das águas por esgoto, lubrificantes de automóveis e combustíveis do autódromo;
4 - Condomínio Jardim Alfomares, no Alto da Boa Vista, está com a obra embargada por ação judicial, prejudicando e ameaçando uma significativa área da mata atlântica.
5 - Condomínio City Parque Morumbi, no Morumbi, está em iminência de desmatamento, já tem parecer favorável para o GRAPROHAB. A área possui 7,5 hectares de Mata Atlântica, compondo 139 espécies arbóreas diferentes, sendo que a vegetação e fauna foram subestimadas no licenciamento.
6 - Chácara Santa Helena, no Alto da Boa Vista, teve um hectare desmatado, por autorização irregular do DEPRN. A área, de Mata Atlântica, foi classificada como se existissem no local apenas árvores isoladas.
Considerando que os exemplos citados, com irregularidades comprovadas, demonstram desmatamentos irregulares, licenciados pela Secretaria de Meio Ambiente, de aproximadamente 197,3 hectares, ou aproximadamente dois milhões de metros quadrados de Mata Atlântica, equivalente a trezentos campos de futebol, representando perda substancial de patrimônio ambiental público do Estado de São Paulo, prejuízos à biodiversidade, recursos hídricos e qualidade do ar;
Considerando que foi promovida a municipalização inconseqüente do licenciamento, entregando aos municípios a possibilidade de controlar a gestão e autorizar, por exemplo, o corte de Mata Atlântica, sendo que os critérios para este repasse foram insuficientes, além da notória falta de condições das prefeituras municipais para praticar a gestão ambiental. Outro exemplo de uma descentralização inconseqüente é a atribuição do licenciamento municipal para postos de gasolina, fator extremamente preocupante porque há um despreparo generalizado do setor municipal em gerir tais empreendimentos, que são responsáveis pela maioria das áreas contaminadas listadas do Estado de São Paulo, funções para a qual a CETESB apresenta capacidade técnica e especialização, em que pese a evidente perda de pessoal na atual reforma administrativa. Há ainda fortes indicativos de perda de qualidade nos procedimentos de licenciamento ambiental atribuídos aos municípios, já que a capacidade de resistir às pressões setoriais nas municipalidades é muito menor que no sistema estatal, tendo em vista a proximidade das pressões econômicas e suas vinculações direitas com as administrações municipais. O fato é agravado pela inexistência generalizada e falta de estruturação de conselhos ambientais nos municípios, que possam assegurar isonomia nos licenciamentos e na perspectiva de fiscalização dos atos administrativos.
3) LEGISLAÇÃO CONTRA O MEIO AMBIENTE
Considerando que durante a atual gestão, foram editadas normas que se voltam contra o meio ambiente, o que representa uma necessidade urgente de rever, aos olhos das atribuições conferidas pela Constituição Federal, resoluções editadas pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente, que entram em conflito com a Política Nacional do Meio Ambiente e com os comandos da Constituição Federal. Destacamos alguns exemplos dessa situação:
1 – Resolução SMA 22/07 – estabelece a possibilidade de municipalização de licenciamento.
2 - Resolução SMA 85/08 – usa os resultados do Programa Biota-FAPESP de forma distorcida e prejudicial. O Programa evidencia a necessidade de preservar os fragmentos de vegetação florestal nativa remanescentes em todo o Estado e indica sua importância, em termos de conectividade. A resolução usa a escala de importância da região em termos de conectividade para estabelecer uma escala de compensação, a partir da permissividade de autorizar o corte de áreas importantes, trocando o bem ambiental existente pela sua recuperação futura (o que representa uma verdadeira aberração do ponto de vista ambiental).
3 - Lei Estadual 13. 577/09 – orientada pela SMA e CETESB, voltada para gerenciamento de passivos ambientais, que permite em seu bojo a adição de poluentes em solos com base em valores de prevenção, desprovidos do devido embasamento científico, representando ameaça de piora de qualidade e degradação dos solos.
4- Decreto Estadual 53.939/09 - situações indefinidas e geradoras de subjetividade, onde se divide o Estado em duas grandes bacias, para fins de compensação da reserva legal, ao invés de se valer ao menos das 22 bacias hidrográficas do Estado, já definidas, e que ensejam várias discussões atuais nos Comitês de Bacia, para fins de orientar esta compensação.
Considerando outras normas com problemas graves que se voltam contra o meio ambiente e carecem de discussão em face da necessidade de sua revisão e/ou revogação, sob a pena de perda acentuada do patrimônio ambiental público paulista, tais como: Decreto 49566/05, Resolução SMA 54/04, Resolução SMA 51/06, Resolução SMA 54/07, Resolução SMA 13/08, Resolução SMA 31/09, entre várias outras;
4) USO INADEQUADO E DISTORCIDO DOS INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO
Considerando as situações exemplificadas neste item, que denotam principalmente uma falha nas diretrizes maiores que deveriam nortear as ações dos diversos setores, obrigatoriamente atreladas a um planejamento ambiental eficiente, que permitisse uma visão maior e uma política estatal para a boa qualidade ambiental, com perspectivas de diretrizes territoriais e zoneamento, resultado da percepção das vocações naturais e antrópicas, com diretrizes para a sustentabilidade regional que incluísse um aprofundado mapeamento da vulnerabilidade ambiental.
Considerando ainda que não há planejamento, gestão e resguardo do meio ambiente em nível regional, observando-se ações degradadoras acontecendo à mercê dos interesses de municípios e empreendedores. Tais fatos são facilmente comprováveis em procedimentos instaurados pelo Ministério Público Estadual e Federal.
Regiões extremamente importantes, onde se encontram os poucos remanescentes de ecossistemas naturais, em grave ameaça de destruição em função dos projetos de infra-extratora de vários tipos, que estão sendo decididos sem preocupação com o futuro destas regiões (sustentabilidade) e sem o uso adequado dos instrumentos de planejamento que integram a Política Nacional do Meio Ambiente: Zoneamento Ecológico-Econômico (ZEE), avaliação de impactos ambientais, etc.
Como exemplo da visão fragmentada e da ausência da visão de planejamento, que acaba configurando uma perigosa ameaça ao meio ambiente, citamos a perspectiva de vários projetos previstos e em andamento, descompromissados com o futuro da sustentabilidade:
2- Baixada Santista: Terminais Portuários (associados ou não a Terminais de Containers; Instalações Retroportuárias e Industriais, Dragagens (disposição de contaminados em Unidades Confinadas e disposição marinha), Aeroporto Metropolitano, Travessia Santos Guarujá, Aterro Sanitário, Efeitos da estrutura destinada ao Pré-sal (Petrobrás).
3 - Litoral Sul: Complexo Estuarino- Lagunar, UHE de Tijuco Alto.
4 - Capital: Rodoanel – trechos sul e leste (Billings, Guarapiranga, Cantareira), empreendimentos imobiliários co-localizados na região da Granja Viana.
5 – Interior – Campinas – loteamentos fechados de alto padrão, contíguos, sem avaliar a sinergia dos impactos ambientais.
Antigo DAIA - Departamento de Avaliação de Impacto Ambiental
Considerando ainda o atual despreparo e falta de material das atuais Agências Ambientais, cridas no processo de descentralização, ressaltando-se ainda a aceitação de simplificação e fragmentação do licenciamento, com flagrante prejuízo para a sua qualidade, tendo como exemplo o Rodoanel, entre outros casos.
CONSEMA
2 – A perspectiva de construção coletiva de planos de trabalho para a elaboração dos Estudos de Impacto Ambiental foi cerceada no projeto de lei, conduzido pela Secretaria de Meio Ambiente. Anteriormente os estudos ambientais de projetos impactantes eram passíveis de discussão na sua formulação, com o acatamento de contribuições da comunidade local e do próprio CONSEMA, ou seja, a espinha dorsal do estudo ambiental a ser apresentado poderia ser construída com participação social. Essa alteração transformou as diretrizes gerais que orientam estudos de impacto ambiental em negociação interna, de balcão, sem transparência nenhuma e dificultando o acesso à informação, além de ferir conquistas sociais e princípios de gestão participativa consagrados.
3 – No regimento interno do conselho, está estabelecido há alguns anos que todo pedido de vistas, que permite aos conselheiros um estudo mais aprofundado dos processos em pauta, deve ser aprovado por 2/3 do conselho, ou seja, 24 votos, enquanto a sociedade civil organizada possui apenas 18 assentos. Portanto, sem contar com aval governamental, tal direito não poderá ser exercido. Note-se que no CONAMA - Conselho Nacional do Meio Ambiente, órgão maior do Sistema de Meio Ambiente brasileiro, com 111 membros, o pedido de vistas é um direito inalienável garantido a qualquer conselheiro.
4 – O setor ambientalista ocupa seis assentos no CONSEMA, eleitos por um cadastro de entidades ambientalistas mantido pela secretaria executiva do CONSEMA, intitulado Cadastro de Entidades Ambientalistas com Cadastro junto ao CONSEMA - Conselho Estadual do Meio Ambiente de São Paulo. Da mesma forma como ocorre no Cadastro Nacional das Entidades Ambientalistas do CONAMA - Conselho Nacional do Meio Ambiente, esse cadastro é construído com a participação da sociedade civil, com pareceres dos representantes ambientalistas na avaliação dos estatutos e documentação apresentada, evitando distorções no cadastramento. Após o mês de setembro, esse cadastro construído ao longo de anos, passou a ser substituído por outro, que está sendo construído pela Secretaria de Meio Ambiente, que usando de manipulação política passou a convidar as entidades ambientalistas para o denominado “café ambiental”, realizado nas dependências da Secretaria de Estado, do qual só podem participar as entidades cadastradas em nova lista cuja criação e manutenção é uma prerrogativa exclusiva da secretaria, sem nenhuma participação do segmento já constituído e seus representantes, onde aos membros cadastrados se oferece possibilidades de “trabalho conjunto”. Não resta dúvida que a atual administração intenta manipular o setor ambientalista, que representa o mais forte elemento de controle social e transparência junto à área de licenciamento ambiental;
5 – As pautas do Conselho são decididas pelo Secretário de Meio Ambiente, sem discussão com o conjunto de atores sociais representados, contrariando exemplos do CONAMA, onde há uma Comissão Institucional que debate com todos os segmentos a escolha dos pontos de pauta.
6 – Há uma ausência de discussão com a sociedade sobre parecer jurídico, inexistindo uma câmara técnica de assuntos jurídicos que permita dirimir dúvidas sobre a legalidade dos processos em pauta. Dessa forma, muitas questões mal resolvidas do ponto de vista legal são encaminhadas para deliberação do conselho.
7 – As reuniões são conduzidas em espaço restrito, com impossibilidade de participação direta das comunidades envolvidas.
1 – PRADS – Planos de Recuperação de Áreas Degradadas, na atividade de mineração.
2 - TCRAs – supressão de vegetação
3 - Licenças Prévias - exigências do licenciamento de EIA-RIMA (Estudos de Impacto Ambiental).
8) DIFICULDADES NA IMPLEMENTAÇÃO DA EXIGÊNCIA SOCIAL E PARA AÇÃO EFICIENTE DO MOVIMENTO AMBIENTALISTA
CONCLUSÕES E SOLICITAÇÕES
3 de dez. de 2009
Tecnologia de materiais de construção
A utilização Sustentável dos materiais naturais de construção frente à atual crise sócio-ambiental, a crise energética, o aquecimento global e outros fatores a utilização de materiais de construção mais eco eficientes e de menor impacto ambiental começa sim a ter um sentido, ou melhor, uma necessidade, visto que a indústria da construção civil é um dos setores mais poluentes do Planeta. Outro fator que releva o uso dos materiais naturais é o cultural, principalmente ligado ao patrimônio histórico, onde várias tecnologias de construção estão sendo esquecidas, a utilização dos materiais naturais podem apresentar os seguintes aspectos que auxiliam a sustentabilidade :
- minimizar o consumo de recursos não renováveis
- utilizar recursos renováveis e retornáveis
- minimizar os desperdícios
- racionalizar o uso da água e energia
- criar um ambiente saudável e não tóxico
- valorizar as pessoas, os materiais e a cultura local
- resgatar a memória do construir
- conservar o Patrimônio Histórico
TECNOLOGIAS DE CONSTRUÇÃO E MATERIAS
Terra Crua
O termo Terra Crua caracteriza técnicas que utilizam a terra sem queima, a terra como matéria-prima na elevação de alvenarias, de abóbadas e de outros elementos construtivos e tem sido empregada desde o período pré-histórico, existindo um consenso em ter sido o primeiro material de construção da humanidade, desde os abrigos escavados aos primeiros tijolos de terra crua feitos à mão. Na Turquia, na Assíria e em outros lugares no Oriente Médio foram encontradas construções com terra apiloada ou moldada, que datam entre 9000 e 5000 a.C. (Minke, 2001).
No Egito antigo, os adobes de terra crua assentados com finas camadas de areia eram utilizados na edificação de fortificações e residências, e uma espécie de argamassa feita de argila e areia era material de preenchimento de lajes de cobertura estruturadas com troncos roliços. As muralhas da China também foram edificadas com argila apiloada entre alvenarias duplas de pedra. Baseado em Minke (2001), pode-se observar que as construções com a terra como a matéria-prima básica apresenta vantagens e desvantagens em relação a outros materiais clássicos de construção.
Vantagens:
A terra crua regula a umidade ambiental: o barro possui a capacidade de absorver e perder mais rapidamente a umidade que os demais materiais de construção;
A terra armazena calor: como outros materiais densos como as alvenarias de pedra, o barro armazena o calor durante sua exposição aos raios solares e perde-o lentamente quando a temperatura externa estiver baixa;
As construções com terra crua economizam muita energia e diminuem a contaminação ambiental. As construções com terra praticamente não contaminam o ambiente, pois para prepará-las necessita-se de 1 a 2% da energia despendida com uma construção similar com concreto armado ou tijolos cozidos;
O processo é totalmente reciclável: as construções com solo podem ser demolidas e reaproveitadas múltiplas vezes. Basta fragmentar e voltar ao processo de preparo da massa de terra.
Desvantagens:
Não é um material de construção padronizado: sua composição depende das características geológicas e climáticas da região. Podem variar composição, resistências mecânicas, cores, texturas e comportamento. Para avaliar essas características são necessários ensaios que indicam as providências corretivas para corrigi-las com aditivos.
É permeável: as construções com terra crua são permeáveis e estão mais suscetíveis às águas, sejam pluviais, do solo ou de instalações. Para sanar esse problema é necessária a proteção dos elementos construtivos: seja com detalhes arquitetônicos ou com materiais e camadas impermeáveis.
Há retração: o solo sofre deformações significativas durante a secagem gerando fissuras e trincas.
Estas desvantagens são possíveis de ser trabalhadas e solucionadas com a utilização de aditivos e agregados e com o “desenho” arquitetônico.
Os sistemas de construção com terra segundo alguns autores podem ser divididos em 03 grupos principais:
Os enformados, que utilizam apoio de formas de madeira, por exemplo: Taipa de Pilão, os entramados que utilizam uma ossatura de material leve(bambu ou terra) como a Taipa de Mão ou Pau-à-Pique e os Tijolos que podem ser moldados à mão ou em formas como os Adobes e BTC (blocos de terra comprimida), também seria possível dividir as técnicas por serem monolíticas ou um conjunto de peças montadas ou por técnicas que utilizam a terra em forma úmida e plástica ou de forma mais seca.
TÉCNICAS DE CONSTRUÇÃO COM TERRA
Taipa de Pilão
É a técnica de construção com terra crua mais antiga. Jogamos a mistura de terra que é apiloada em camadas dentro de uma forma tipo sanduíche, tornando-se um bloco monolítico. No método modernizado o cimento e a cal têm função específica de estabilizadores e são utilizados em porções muito pequenas de 5 a 10% em relação ao volume de terra, as formas são feitas de chapas de compensado naval e máquinas elétricas e pneumáticas como misturadores e pilões são utilizados para acelerar o processo.
Taipa de mão ou pau-a-pique
Taipa de sopapo, taipa de sebe, barro armado, pau-a-pique. É uma técnica de construção onde as paredes são armadas com madeira ou bambu e preenchidas com barro e fibra.
Adobe
Técnica construtiva que consiste em se moldar o tijolo cru, em formas de madeira, a partir das quais o bloco de terra é seco ao sol, sem que haja a queima do mesmo.
Mistura-se terra com água até se obter uma mistura plástica, capaz de ser moldável. Geralmente, os "adobeiros" amassam o barro com os pés descalços, o que permite uma massa mais homogênea. Em alguns locais, além da terra e água, utilizava-se fibras vegetais cortadas como estabilizador por armação e o estrume de gado fresco como estabilizador químico. Depois de amassado, o barro é colocado em uma forma de madeira ou metal e ao se desformar o bloco é colocado ao sol para secagem.
BTC – Bloco de terra comprimida
Também o cimento e a cal são utilizados como estabilizadores para a fabricação de tijolos em prensas manuais ou hidráulicas, a vantagem destes tijolos é que não houve queima em sua fabricação e sua resistência mecânica é igual ao tijolo cozido ainda que sua permeabilidade seja um pouco inferior.
Terra ensacada ou Superadobe
Utilizando bobinas de polipropileno para encher e compactar terra estabilizada ou não, pode se construir muros de contenção e até alvenarias.O solo-cimento ensacado tem uma outra aplicação, muito útil no meio rural: a construção de diques para controle de voçorocas. Levantados em determinados intervalos, esses diques permitem diminuir a velocidade das águas, contendo o processo de erosão. Esse tipo de obra também favorece a recomposição do terreno, retendo o solo que antes era carregado pelas águas.