31 de mar. de 2010

Info-Bambu - Tratamento

Segundo a botânica Ximena Londoño da Colômbia e diversas culturas de bambu o fator principal para se obter culmos resistentes de bambu é a forma e hora da colheita. A época do ano que o bambu guarda uma maior parte de suas reservas nas raízes (rizomas) é o inverno, o momento antes do aparecimento dos novos brotos. Colhendo nesta hora obtemos um bambu com menos açúcar, que é o alimento dos insetos e fungos que se alimentam do bambu, e estes aparecem menos no inverno. No Brasil e no Hemisfério Sul esta época acontece no meio do ano. Por isso a cultura popular brasileira afirma que são os meses sem a letra "r": maio, junho, julho e agosto. Após este período começa a geração de novos brotos.


Outra atenção especial a ser tomada é a idade do bambu. Para fins de tecelagem ou cestaria usam-se os bambus jovens e imaturos, pela sua flexibilidade. Para fins de construção deve-se usar os bambus maduros, mas não podres, com cerca de 3 a 4 anos, quando atingiram sua resistência ideal.

Estando na época certa do ano deve-se escolher a fase adequada da lua , esta sendo a lua minguante. A razão científica para este fato ainda está sendo investigada, mas é corroborado pela cultura popular e pela experiência.

Dentro da fase adequada da lua, escolhem-se as horas antes do amanhecer como as ideais. Após o corte aconselha-se deixar o bambu em pé no local de colheita, ainda apoiado nos vizinhos, por cerca de 2 a 3 semanas. Neste tempo ele secará, mas ainda nos estados de temperatura, pressão e umidade em que sempre viveu. Os passos seguintes diferem muito entre si na quantidade de culmos, disponibilidade de recursos e transporte, fins, etc...


SECAGEM

O culmo cortado ainda estará úmido por dentro, e, desejando utilizar-se o bambu para fins de construção de objetos ou estruturas deve-se secá-lo para obter resistência e durabilidade. Pode-se apoiar o bambu, ainda com as folhas, em um aposento arejado com chão e parede livres de umidade, sob proteção da chuva e do sol, e, dependendo da espécie e das condiçòes climáticas, deixar a seiva escorrer e evaporar de 2 a oito semanas.
Com fogo podem-se obter resultados mais rápidos, mesmo com climas mais frios e úmidos. Segundo Johan Van Lengen, do Instituto Tibá, no seu livro "Manual do Arquiteto Descalço": "faz-se um buraco pouco profundo e cobre-se o solo e as esquinas com tijolos, para que não perca calor. O bambu deve ser colocado a uns 50 cm acima do fogo. Para que seque de maneira uniforme, deve-se virar os troncos de vez em quando. Com este método, a parede do tronco fica mais resistente aos insetos, mas cuidado! Se o fogo é mmuito forte pode abrir ou deformar os troncos."

Leia tudo..
http://www.bambubrasileiro.com/info/trata/index.html

28 de mar. de 2010

Permacultura - Princípios éticos







1. CUIDADO COM A TERRA
O Planeta é mais do que nossa casa: é o nosso corpo. Portanto devemos cuidar dele e de todos os seus elementos, vivos ou não: águas, solos, atmosfera, toda variedade de espécies animais e vegetais, bem como seus habitats, e os ciclos biológicos.
Isto implica em atitude inofensiva e ao mesmo tempo reabilitante, em conservação ativa e no uso de recursos naturais de forma ética e frugal.

2. CUIDADO COM AS PESSOAS
A Humanidade representa uma pequena parcela da totalidade dos sistemas vivos, mas apesar disto nós causamos um impacto violento nestes.
Ao cuidarmos das pessoas, suprindo suas necessidades básicas de alimentação, abrigo, educação, trabalho satisfatório e contato humano satisfatório de forma equilibrada, estaremos também cuidando da Terra.

3. CONTRIBUIÇÃO DO EXCEDENTE
Após termos suprido nossas necessidades básicas individuais ou familiares, tendo projetado nossos sistemas da melhor forma possível, poderemos expandir nossas energias para auxiliar outros no alcance desses mesmos objetivos.

Por ser um sistema de design, a Permacultura vale-se de princípios operacionais, sendo todos eles fruto da observação da Natureza:

PRINCÍPIOS

1) UTILIZAÇÃO DE RECURSOS BIOLÓGICOS (Renováveis)
Através do uso de lenha como combustível; de esterco e ervas (esterco verde) como fertilizante; de galinhas e porcos na aração; de minhocas na aeração do solo.
Utilizando plantas que atraem insetos predadores ou plantas que atraem aves predadoras no controle de pragas e insetos.
Procedendo o controle de ervas daninhas, colocando gansos na capina.
Mas ATENÇÃO: Tem que ter MANEJO ! Tem a hora certa p/ introduzir.
Interação com a Natureza X Automatismo.

2) ACELERAÇÃO DA SUCESSÃO e EVOLUÇÃO NATURAL
“Cada estágio cria as condições certas para o próximo estágio”
É possível abreviar etapas:
Utilizando o que já está crescendo no local, cortando e usando como “mulch”.
Introduzindo plantas para a correção do solo (acidez, alcalinidade, salinização, erosão, cansaço, alagamento).
Cooperar X Competir

3) DIVERSIDADE
Consórcio em contraposição à monocultura.
Um sistema de elementos (plantas, animais e estruturas) que trabalhem harmoniosamente juntos.
Espécies que não causem prejuízo umas às outras
Não competição por luz, água e nutrientes.
Resultado : maior produção e estabilidade
Auto-suficiência alimentar X Atividade lucrativa.

4) EFEITOS DE BORDAS
Exemplo de bordas: terra/água, floresta/campo, estuário/oceano, pomar/plantações.
É na interface entre dois sistemas que ocorre a maior diversidade de fauna e flora. As bordas contem espécies dos dois sistemas, além das que lhe são próprias.
Criar e Planejar os limites de sistemas. Canteiros, espiral de ervas, horta mandala, açudes. PADRÕES.
Desenho natural X Geometria racional.

5) CICLOS ENERGÉTICOS
A 2ª Lei da Termodinâmica enuncia que a energia é constantemente perdida, ou se torna menos útil ao sistema, ao longo do processo.
No entanto, é através de uma constante reciclagem que a vida na Terra prolifera (interação entre plantas e animais).
O objetivo é, além de reciclar e aumentar a energia do sistema, captar, armazenar, utilizar antes da degradação, até o nível de uso energético mais baixo.
Tudo é Recurso X Cultura do Desperdício

6) SISTEMAS INTENSIVOS
(Escala possível/Humana)
Sistemas centralizados, industrializados, são implantados em grandes áreas, e se utilizam de tratores, aviões pulverizadores, colheitadeiras, carretas de transporte, e são administrados para obter lucro financeiro.
Sistemas intensivos priorizam o design de áreas em escala adequada, e utilizam certa quantidade de trabalho humano, o uso de ferramentas manuais, a acumulação gradual de plantas produtivas perenes, recursos biológicos, tecnologias alternativas para a geração e economia de energia, e uso moderado de máquinas, de forma que haja o controle por parte de quem maneja, para a produção suficiente de alimento.
“Comece a planejar a partir da porta da casa, e trabalhe em sistemas pequenos e intensivos, desenvolvendo o núcleo por completo, antes de ir adiante”. Ex.: Filipinas (12 m_).
Nossas energias são dedicadas a espécies às quais temos acesso, e não aquelas que possam estar no meio de um vasto território sem limites definidos.
Escala humana X Escala industrial

7) PLANEJAMENTO ENERGÉTICO Eficiente
Em qualquer área ou situação é necessário realizar antes de planejar, o levantamento de todos os fatores externos (energias) que incidirão na produção e vida local.
7.1 Os Setores (Sol, Ventos, Chuvas, Tempestades, Fluxo de Água, Fogo, Invasões).

O zoneamento das atividades deve obedecer ao critério de periodicidade e intensidade de cuidados.
7.2 Por Zonas

Z 0 – casa, galpão, outros prédios
Z 1 – ervas, estufa, viveiro, horta, composto
Z 2 - pequenos animais, pomares
Z 3 - plantação principal
Z 4 - pastagem p/ gado
Z 5 - floresta

Deve-se considerar sempre a topografia do terreno, pois a lei da gravidade deve estar a favor do sistema, e nunca contra.
7.3 Declividade – (lei da gravidade). o caso das águas

Os sistemas são compostos de elementos que exercem funções:
ELEMENTOS: Casa, estufa, cerca, açude, galinheiro, horta.
FUNÇÃO: Alimentar, aquecer, fornecer água, arar, proteger

8) CADA ELEMENTO EXECUTA MUITAS FUNÇÕES.
Ex.: o AÇUDE é reservatório de água, abriga peixes, barreira contra fogo, e espelha o Sol.

9) CADA FUNÇÃO IMPORTANTE É EXECUTADA POR MAIS DE UM ELEMENTO.
Ex.: a ÁGUA poderá ser proveniente de córrego, açude, água da chuva (cisterna), rede pública, frutas.

10) INTERCONEXÃO (LOCALIZAÇÃO RELATIVA)
Planejar a rede da vida no local que se é responsável, de maneira dinâmica e sustentável, de tal forma que se preservem os ciclos vitais.

27 de mar. de 2010

Pastoreio Rotativo Racional

NOÇÕES BÁSICAS SOBRE PASTOREIO ROTATIVO RACIONAL
Para o produtor entender este sistema não basta criar os pastos (plantar), mas saber que os animais irão conviver com os mesmos, comendo, pisoteando e dejetando.
O pastoreio racional envolve leis do universo onde os tempos de repouso variam conforme as estações do ano, aqueles que se candidatarem a executar o processo deverão praticar durante um ano no mínimo para se capacitarem. Mesmo assim, verificarão que durante os anos também haverá mudanças, mas estas serão mais pequenas, porém devem ser observadas e anotadas tudo isso para não se submeterem a fracassos, como pode acontecer.
Em muitas estações do ano, a falta de pastos é devida ao não conhecimento e à não vivência do processo
Os descansos dos pastos são longos e variáveis conforme as estações do ano. Por isso o produtor deve respeitar algumas regras básicas:

Usar carga animal alta e rápida , manejar os piquetes no máximo 2 dias com animais sufucientes para comer a pastagem.

Procurar sempre manter boas reservas de pastos. No outono o produtor deve Ter já fechado ou reservado os pastos de inverno.

Não permitir que os animais comam os rebrotes dos pastos antes de realizar a labareda de crescimento dos mesmos (20 centímetros). O produtor deve Ter piquetes suficientes para completar este período.

Jamais deixar faltar água, sombra, pasto e sal para os seus animais.

Evitar longas caminhadas com os animais, revisar diária e constantemente os potreiros e seus animais.

Sente que os verdes pastos serenos são algumas vezes brilhantes em certos potreiros e esmaecidos em outros, confirmando os diferentes tempos de descansos que lhe foram dados.

Em resumo: são qualidades de um bom pastor: previsão, intuição, sensibilidade, vivência permanente com os pastos e com os animais, buscando sempre resultados sustentáveis, respeito e amor à natureza, evitando agredi-la.
São comuns as recomendações aos plantadores no uso das sementes, para determinar o poder germinativo das mesmas, no sentido de verificar ou checar as reservas de uma boa semente e se são suficientes. Nos nossos pastos não existe preocupação de se saber o mesmo nem nos preocupamos em propiciar condições de um bom rebrote, em virtude desse fato a produção é pequena este mau manejo dá aos nossos pastos a fama de pastos ruins e vamos procurar soluções em pastos artificiais que não são deste ambiente e todo o ano ocorre o plantio de pastagens de inverno e de verão, gastos com lavração, gradagem, e o problema está em conhecer o potencial dos pastos nativos que rebrotam várias vezes após os cortes.

Plantas com poucas reservas, principalmente, por falta de descansos suficientes, são como sementes de pouco poder germinativo. As reservas das plantas nativas são acumuladas nas raízes e nas coroas das plantas. Toda vez que uma planta é cortada , ela utiliza suas reservas e seus hormônios para crescer com maior ou menor intensidade, conforme a quantidade que sobrou após o corte. Após este corte com o desenvolvimento de suas folhas haverá mais fotossíntese e mais reservas se acumularão nos locais já citados.

Tempos curtos de repouso cansam o pasto e ele não aproveita bem a uréia dos animais.

O frio do inverno e as secas de verão reduzem o vigor do rebrote alongando o período de repouso de no mínimo 60 dias sendo que o ideal é de 90 dias.


SOMBRAS
Existe uma dificuldade dos produtores tanto nascidos na região, como os novos, em entenderem e utilizarem os arbustos nativos da região como a vassoura vermelha, branca, alecrim e a chirca, árvores como o molho vermelho, molho branco, espinilho, taleira e outras sendo vistas como indesejáveis, embora tenham um grande benefício para o solo, pois estes arbustos e árvores estão ajudando na formação e estruturação através da deposição de matéria orgânica (folhas) que, através de suas raízes, a planta trás das camadas profundas do solo. Os animais e plantas se beneficiam com a sombra no verão e como quebra vento no inverno, o benefício de sombra será permanente desde que se deixe estes arbustos e árvores crescerem o que leva três a quatro anos para este aproveitamento atingindo em torno de três metros de altura e uma circunferência de tronco de 35 centímetros, pode-se utilizar também como lenha pois a maioria das espécies citadas rebrotam mas o manejo mais adequado é o raleio dos galhos para forçar os arbustos e árvores a crescerem. Deve-se levar em conta que estes arbustos e árvores nascem sem esforço, é só deixar crescer e fazer o raleio após um ano deixando espaços de um metro entre plantas, esta poda ao redor servirá como adubação verde para as remanescentes. A partir deste manejo haverá sucessão de plantas entre elas gramíneas e leguminosas que encontrarão um microclima deste novo nicho, este manejo de poda de condução e roçada deverá ser feito duas vezes por ano aumentando a matéria orgânica e evitando o aumento de roedores (preás) que fazem moradas nas macegas, Após o período de 3 anos esta área poderá ser utilizada para manejo de pastoreio rotativo com sombra constante ou introdução de apicultura com o benefício do mel, própolis e a polinização das plantas ao redor inclusive da pastagem e lavouras vizinhas, florestamento com árvores nativas ou exóticas, fruticultura também conhecido como floresta de alimentos para autoconsumo e futuramente com o excedente poderá se dar início a uma pequena agroindústria caseira de conservas. Estamos experimentando, em algumas propriedades rurais, o manejo de deixar faixas de 2 metros em curva de nível entre 10 metros de área para pastoreio rotativo com o objetivo de inicialmente haver quebra-vento, após com o crescimento e o raleio terão sombra e esta nova área terá, com o interesse do agricultor, novas oportunidades de aproveitamento que nós vamos com certeza sugerir, atividades novas com baixo investimento e um bom retorno pela diversidade de idéias que surgirão durante esta etapa de descanso.
Convém comentar que os produtores ao lavrarem toda uma área de arbustos e plantarem irão aos primeiros anos terem uma boa colheita ou boa pastagem, mas nos anos seguintes ocorre uma queda na produção deste solo, pois a matéria orgânica que se originou deste manejo foi sugada e solo ficou pobre, a estrutura do solo ficou desgastada originando a baixa produção decorrente dos anos seguintes. O produtor quando quer ter sombra na propriedade procura plantar eucalipto e acácia em uma área tida por limpa, ou seja, sem arbustos e a formiga na maioria dos casos não deixa, pois estas mudas por não serem da região sofrem com o sol e o vento entrando em desequilíbrio e a formiga como ataca plantas em desequilíbrio muitas vezes cortam todas as mudas transplantadas, frustrando o produtor.

ÀGUA

Este assunto é de muita importância para qualquer atividade e não é visto como estratégico pois não se considera o local de construção de reservas de água e utilizar a gravidade para conduzi-la até os animais e as plantas garantindo com custo baixo este abastecimento. Geralmente os açudes são feitos em pouca quantidade e nos locais baixos que durante o ano, nas chuvas guardam pouca água em relação ao que chove e durante o verão e épocas de estiagem há a falta de água para os animais e plantas sem contar com as grandes distâncias que os animais tem que se deslocar para beber, gastando grande energia com este trajeto diário e fazendo erosão pois, geralmente fazem o mesmo trajeto até as aguadas criando sulcos. È necessário criar nas propriedades vários locais de reserva de água, canais de comunicação entre eles como também canais de infiltração para a absorção ser lenta pelo solo e as plantas e os animais que moram embaixo da terra (minhocas, micro organismos,...) poderem utilizar esta água e transformarem o solo,criando possibilidades do agricultor produzir e se manter na terra. Atualmente que ocorre é que a água passa pela propriedade por cima da terra rapidamente, não infiltrando no solo e após alguns dias já está seca e dura mostrando pouca capacidade de infiltração não dando condições do produtor se manter nem seus animais e suas culturas.

CONSIDERAÇÕES SOBRE A PECUÁRIA DE CORTE EM BAGÉ

É incrível como até hoje o pecuarista, perdendo em cada bovino no inverno cerca de 40 Kg de carne desossada tenha podido sobreviver.
Cremos que as razões desse fato sejam, entre outra, as seguintes.

Campos herdados.
Campos comprados com dinheiro fácil
Vida muito restrita em gastos, vivendo na campanha sem conforto algum e com salários baixos.

Campos comprados com lucros advindos, principalmente do arroz, antigamente com juros subsidiados.
Como permanecer na pecuária leiteira?

Não perder carne no inverno, vaca magra não dá leite!

Produzir pasto suficiente, preferencialmente nativo, capaz de alimentar lotações nos campos bem maiores que os atuais, Pode se introduzir pastos como cornichão, trevo, azevém nos pastos, mas não tirar o nativo e sim melhorá-lo com outras variedades de leguminosas que produzem proteína e fixam nitrogênio no solo substituindo os insumos.



O custo benefício deve comportar isso.



Sugerimos também que na primavera, quando os pastos estão em grande crescimento, deixem uma área fechada para fazer feno ( 3000 Kg / 450 Kg peso vivo/ano) com este número Leva-se em consideração que onde vai se fazer o feno deve-se roçar antes de deixar para repouso para emparelhar o crescimento e o feno sair parelho e de boa qualidade.

LOTAÇÃO DOS CAMPOS

Devido às grandes oscilações de chuvas e temperaturas, não é fácil lotar os campos da zona da fronteira, principalmente, se for feito feno ou silagem.

SUBLOTAÇÃO: os pastos terão tendência a engrossar: muitos pastos serão comidos várias vezes por serem mais palatáveis(gostosos de comer) e outros ficarão velhos e duros , os ruins irão assim sementar mais que os bons.Possivelmente os pastos que sobrarem nos campos no verão e outono não terão valor no inverno por estarem velhos que secarão com as geadas ( o produtor ,na saída do inverno para renovar os pastos, faz a queimada que limpa o pasto mas mata a vida do solo e em poucos anos não tem mais terra)

SUPERLOTAÇÂO: nestes campos ocorre o esgotamento das reservas dos pastos e o rebrote é constantemente comido pelos animais, trazendo como conseqüência, além do enfraquecimento, pouca resistência a geadas: faltará pasto com quantidade e qualidade.
Como sugestão no caso de um dia de ocupação o pasto comido no primeiro dia de MAIO só venha a ser comido de novo no dia primeiro de AGOSTO e assim sucessivamente chegando ao dia 31 de MAIO só será comido no dia 31 de AGOSTO.

Já os pastos comidos em JUNHO serão comidos em SETEMBRO e os de JULHO serão comidos em OUTUBRO, se a primavera já está boa ocorre sobra de pasto, pois o de AGOSTO já vai estar bom para boca ou feno o de SETEMBRO também.

O pasto que cresce no inverno não é suficiente para ser consumido no mesmo inverno e sim na primavera seguinte, portanto o pasto para consumir no início do inverno será o que crescer no outono.
GEADAS
As geadas são também responsáveis pela diminuição do crescimento de pastos no inverno, em algumas plantas matando-as e outras retardando o seu crescimento. Seu maior malefício é quando ocorrem muito cedo. Geralmente se início ocorre em Abril e se são fortes neste mês haverá falta de pastos para o inverno. Para tanto é necessária divisão dos pastos em potreiros que seriam ideais em número de 90 com ocupação de um dia bem lotados de acordo com a quantidade de animais com água, sal e abrigo disponíveis ( sombras e feixes de chircas) Se não for possível para o produtor deixar área de reserva relativa à 90 piquetes com a ocupação de 1 dia, deve-se deixar no mínimo 30 a 35 piquetes Com a ocupação de até 3 dias de pastoreio ( deve-se aumentar a área por animal)
PARCAGEM

É a maneira de adubar os campos com as próprias dejeções (bostas e urinas) dos animais.
O PASTOREIO RACIONAL, DEVIDO AO USO DO CAMPO COM ALTA CARGA EFETIVA, FICA UMA ADUBAÇÃO MAIS DO QUE SUFICIENTE EM CADA HECTARE.


  
Como são os próprios animais que distribuem as dejeções, torna-se muito econômica, havendo assim uma melhora notável no solo ano a ano.

“Daí-me uma roçadeira e animais para fazer parcagem e eu transformarei, com pastoreio racional, pastos grosseiros em belíssimas e ricas pastagens sem agressão ao solo e a vida”.

Nilo Ferreira Romeiro (Produtor rural)

ROÇADAS

( Função que pode ser atribuída à espécie ovina e/ou eqüina.)
As roçadas são muito importante, porquê representa uma adubação orgânica pelas sobras de pastos deixadas pelos animais. Sobrando pasto é óbvio que os animais comeram bem e haverá alimento para o solo (microvida e mesovida) com este manejo.
  
Além de proporcionar matéria orgânica, também serão eliminados os pastos indesejáveis (não sementando).Recomenda-se roçar após a saída dos animais do potreiro. Os pastos bons terão mais oportunidade de aumentar na área devido à menor concorrência dos indesejáveis (poderão ser introduzidos antes da roçadas sementes de cornichão trevo e azevém) É conveniente fazer duas roçadas por ano.

Argumentos do Instituto Austríaco contra a lavração e ressemeadura:
  • Perigo de não ser bem sucedida a semeadura com a lavração:

Os “anos de miséria” das pastagens temporárias podem somente ser atenuados, mas nunca ser impedidos. Eles são devidos principalmente à deterioração do solo resultante do consumo acelerado do húmus e da destruição parcial da vida que caracteriza o solo das velhas pastagens;

  • Flora insuficientemente variada;
  • Sensibilidade das pastagens temporárias à seca;
  • Curta vida de certas plantas semeadas;
  • Desenvolvimento de plantas indesejáveis nos espaços vazios deixados pelo desaparecimento de certas plantas semeadas;
  • Preço elevado do grão para semeadura

“O ponto saliente de nossos experimentos é a extraordinária rapidez com que o pasto muda sob a influência de um método de pastoreio ligeiramente melhorado”


“As pastagens temporárias são muito bom se quisermos apenas campo de bela aparência, mas não para ganhar dinheiro”. MARTIN JONES e KLAPP
MANEJO/PLANTIO DE PASTAGEM DE INVERNO

Faremos uma reflexão sobre alguns exemplos de manejos em nossa região:

Estamos no mês de abril e não deu para fazer o plantio de aveia, se plantarmos agora quando ela será utilizada? Possivelmente em agosto já na saída do inverno quando o azevém, trevo, cornichão e outras espécies já estarão prontos para o pastoreio desde que haja descanso de áreas para este uso então neste caso o plantio da aveia é um gasto desnecessário causando um prejuízo ao agricultor, mas ele se não for alertado a pensar no ciclo das plantas fará este plantio e pensará “estou fazendo a minha parte, porque eu não vou pra frente?” Porque este agricultor está gastando tempo, dinheiro e energia em uma atividade que no momento é errada, quando este tempo, energia e dinheiro são para ser utilizado em piquetes para concentrar o manejo de suas vacas podendo deixar áreas de descanso para o inverno CONVÉM CITAR QUE O CICLO DAS PLANTAS OBEDECE A ENERGIA DO SOL-LUMINOSIDADE E O CALOR se o produtor se preparar deixando áreas em março para descanso poderá utilizar em maio e novo pastoreio em AGOSTO havendo massa para os animais se manterem no inverno. Há necessidade de planejar o feno e a silagem de pasto como estratégia de alimentação de reforço, mas tudo começa no aproveitamento dos piquetes no conhecimento do potencial que o produtor tem dentro da sua área e que só se dará mudando o modo de pensar deste agricultor (plantar pasto / manejar o pasto existente e melhorá-lo com o esterco, descanso e semeadura pós pastoreio, este último é o que dará o suporte para o futuro da atividade leiteira nas propriedades onde realmente se reduzirá o custo de produção de leite por há pois com o aumento da produção deleite na região e no estado reduzirá o perco do produto no mercado e quem estiver com o menor custo de produção e orgânica sem produtos químicos, tendo assim seu produto garantido no mercado e garantindo assim seu futuro na atividade como em outras pois a tendência é transformar toda a propriedade em uma propriedade auto-sustentável e que respeita e convive em harmonia com a natureza..

“O único limite é o da imaginação humana”.

Há a necessidade de: - Observar a sucessão dos pastos com a implementação deste sistema. Observar o comportamento animal nas diversas estações do ano (como se alimenta, como se protege no calor, no frio...).Esta observação terá maior êxito se o camponês estiver comprometido com o trabalho para tanto ele terá entendido a importância deste acompanhamento do sistema e em conjunto deverá ter acompanhamento técnico diferenciado para que ambos se estimulem a pesquisar este espaço de experimento.

O Camponês deve acreditar e fazer, pois é ele quem faz !
Deverá o técnico ser um pesquisador e anotar as informações que por entrevistas e observações chegarão ao seu alcance, também vejo vital importância na observação do técnico no sistema para também observar e poder junto com o agricultor debater as divergências que surgirão criando uma riqueza de informações neste processo. Creio ser necessário um equipamento de acampamento ( barraca, saco de dormir, fogareiro, lanterna, mantimento para um mês) e fazer um acompanhamento do processo e assim como a implantação será mais rápida pelo fato do técnico estar acompanhando de perto o processo e tirando dúvidas quando estas surgirem. A observação acima se deve ao motivo também da equipe técnica não ter equipamento que supra esta demanda.


Trabalho de campo -
Dia 18 de abril de2002 Manhã foi feito palestra sobre “Voisin” (conteúdo acima), na propriedade do Idinor dos Santos Azevedo Presentes de Manhã 8 produtores , Marino De Bortoli, Rogério Antônio Lowe, Achiles dos Santos, Edgar Bordignon, Jorge Rodrigues, Miguel Gonçalves Azevedo, Manoel Eurico dos Santos, Idinor S..Azevedo, Luis Carlos e Luiz Osório .

Tarde encaminhamento de prática 30 04 2002 propriedades. Manuel Eurico dos Santos e Idinor dos Santos Azevedo 16-05 –2002 propriedades do Rogério Antônio Lowe e Aquiles dos Santos

Liamara e Eldir, Maria, Erich e Deoclides Minhoni estão inscritos para fazer piqueteamento em data à confirmar


18 de mar. de 2010

Casinhas de pássaros feitas de papelão



Quem não gosta de acordar com o canto dos passarinhos do lado de fora da janela? Para isso, é preciso atrair os bichinhos para perto de casa. Instalar uma casinha para eles no jardim pode ser um bom começo. Melhor ainda se a peça for amiga da natureza. A marca norte-americana Greenbird House é especializada no assunto e vende casinhas feitas com papel reciclado e decoradas com tinta biodegradável, produzida à base de soja. Para que o objeto não se deteriore com o tempo, ele recebe um tratamento que o deixa resistente à água das chuvas. Dá para comprar a casinha pronta ou customizar com o desenho que você quiser. Cada uma custa US$ 12,99, mais os custos da entrega.

Leia mais também em...
http://revistacasaejardim.globo.com/Revista/Common/0,,EMI121545-16802,00-LINDAS+CASINHAS+PARA+PASSAROS+FEITAS+DE+PAPELAO.html

4 de mar. de 2010

A história das coisas

Este vídeo mostra os problemas sociais e ambientais criados como consequência do nosso hábito consumista, apresenta os problemas deste sistema e mostra como podemos revertê-lo, porque não foi sempre assim.



1 de mar. de 2010

Campanhas - MEIO AMBIENTE

ALGUMAS CAMPANHAS

Uma associação de proteção ao meio ambiente e sua agência de publicidade tiveram a idéia de colocar outdoors logo acima de buracos de esgotos para dar a idéia de que água suja é como cocô. Eles queriam despertar o cuidado das pessoas para com o ambiente por meio de fortes impactos visuais e até aversão física.



Essa campanha foi feita para a World Wildlife Fund. À medida que o papel acaba, o verde da América do Sul também vai embora, simbolizando o impacto ambiental que o uso de simples toalhas de papel é capaz de provocar, além de alertar para outros desperdícios que podem levar às mesmas consequências.



Veja quanto monóxido de carbono você deixará de emitir se não dirigir por um dia. Essa é a mensagem que aparece na gigantesca nuvem preta presa ao cano de escape de um carro depois de passar o dia sendo inflada pela fumaça expelida pelo automóvel.



Diesel, a fabricante italiana de roupas, colocou, no fim de janeiro, propagandas em jornais, revistas e outdoors que traziam modelos posando com roupas da marca em um mundo afetado pelo aquecimento global. Nas fotos acima, você vê o Cristo Redentor coberto de água até os pés e Nova York praticamente submersa.


SAFE é uma instituição de proteção aos animais que faz várias campanhas para expor e questionar a utilização desnecessária deles em experimentos e explorações comerciais. O anúncio acima tem como alvo o uso dos bichos como cachecóis, botas e outros produtos de couro e assim por diante.



" A moda faz mais vítimas do que você pensa! " - Agência O&M - Índia



Recicla Flores
Permacultura e Bioconstrução

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